Emigrou para o Brasil em 1920. Regressou a Portugal em 1925 e em 1933 acaba de tirar um curso na Faculdade de Medicina de Coimbra.
Foi colaborador da revista Presença embora mais tarde tenha desistido para formar as revistas Sinal (1930)
e Manifesto (1936-1938). Anos mais tarde tornou-se autónomo e tornou-se também um poeta, ficcionista e escritor dramático.
Numa primeira fase foi um poeta actual; a sua obra abordou temas como a angústia da morte, a revolta, temas sociais como a justiça e a liberdade, o amor, e criou um ligação permanente entre o Homem e a Terra. Miguel Torga recebeu o Prémio Camões em 1989.
Faleceu em Coimbra no ano de 1995.
B. Miguel Torga. A Obra.
Poeta, estreou-se com Ansiedade 1928,
Rampa 1930 e Tributo 1931. Impôs o seu
nome a partir de O Outro Livro de Job 1936 e
atingiria o seu expoente máximo em
Poemas Ibéricos 1952 e Orfeu Rebelde 1958.
Ficcionista, estreou-se com Pão Ázimo 1931
e A Terceira Voz 1934.
A sua colectânea Bichos 1940 constitui um
marco do conto em Portugal. Outros
livros a mencionar: Contos da Montanha 1941,
Novos Contos da Montanha 1944, o romance
Vindima 1945 e Pedras Lavradas 1951.
0 teatro inspirou-lhe Terra Firme-Mar 1941 (as
duas peças foram posteriormente refundidas),
o Paraíso 1949 e Sinfonia 1947.
Em 1937 iniciou a série A Criação do Mundo, que em 1981
atingia cinco volumes: ciclo de carácter autobiográfico.
Em 1941 deu a lume o primeiro volume do Diário,
cuja série abrangia 14 volumes em 1987.
Bibliografia:
Lexicoteca, Moderna Enciclopédia Universal,
Volume 17, Lisboa, Círculo de Leitores, 1988
Diciopédia 99, Porto Editora, 1998