Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias
Gráfico 1 Fonte: GEE, com base nos Relatórios Nacionais Anuais referentes a 1995-1999 / 2000-2001 / 2002-2003, INE e Índices de Produção Industrial e Emprego.
Gráfico 2 Fonte: Groningen Growth and Development Centre Industry Labour Productivity.
O número de Empresas Automóveis é variável, consoante as fontes consultadas.
Segundo as estatísticas das empresas do INE ou Índice nacional de emprego, reveladas no ano de 2002, este sector detinha cerca de 400 empresas, enquanto as associações do mesmo apontavam para cerca de
Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias
150 entidades. Todavia, crê-se que, de 2002 para 2003, a sua criação líquida tenha aumentado, por efeito das instituições constituídas.
Gráfico 3 Fonte: GEE, Estimativa com base no INE.
Mercados
Como já foi referido, este mercado, tipicamente global, centra-se, essencialmente, na exportação de componentes. Os valores apresentados são:
- Componentes eléctricos (aparelhos de som e cablagens) – 19,5%;
- Outros componentes (partes de assentos e fechaduras) – 10,1%;
- Automóveis de passageiros e mistos – 32,2%;
Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias
- Automóveis novos / motor diesel / cilindrada superior a 1500 cúbicos – 26,5%;
- Partes e peças separadas – 17,3%;
- Caixas de velocidade e peças não especificadas – 22%;
- Motores e partes integrantes dos mesmos – 9,1%.
Gráfico 4 Fonte: INE- Dados de Base
Investimento
O investimento português no estrangeiro tem-se notado insignificante. Todavia, as empresas do sector automóvel, nomeadamente, as fabricantes de componentes, têm enfrentado um grande desafio: explorar as suas capacidades de engenharia no âmbito do desenvolvimento do produto, em contraponto à produção tradicional e a partir de um desenvolvimento incipiente.
Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias
A qualidade da força de trabalho tem sido considerada um dos pontos fortes desta indústria. No conjunto, a experiência e competência adquiridas tem mais relevo que as habilitações académicas onde os níveis de escolaridade são baixos e a vocação para a qualificação, nula. No entanto, seria errado excluir a existência de casos particulares cujos colaboradores integram quadros técnicos com níveis académicos de excelência, contribuindo para um consequente dinamismo das empresas em vista.
Principais Empresas especializadas do Sector:
Auto Europa: Volkswagen
Mitsubishi Trucks Europe: Mitsubishi
Opel Portugal: General Motors
PSA-Automóveis Citroen: Peugeot - Citroen
Salvador Caetano: Toyota
Segmentos de Mercado
O mercado automóvel pode dividir-se em quatro segmentos distintos, sendo eles:
- Veículos ligeiros;
- Veículos comerciais ligeiros;
- Veículos pesados de mercadorias;
- Veículos pesados de passageiros.
Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias
Porém, é legítimo, considerar cinco subclasses referentes ao primeiro segmento enunciado, mesmo que não se possa obedecer a uma enunciação, rigidamente, definida. Designam-se por Classes A, B, C, D e E e a sua origem nasce da necessidade de diferenciação dos diferentes tipos de consumidor. Analisemo-los:
Classe A: Automóveis de carácter urbano e citadino (ex. Smart, Citroen C1, Fiat Panda, Chevrolet Matiz, Ford KA, Honda Jazz, Nissan Micra, Renaut Twingo, Pegeut 107);
Classe B: Automóveis utilitários (Fiat Punto, Renault Clio);
Classe C: Automóveis pequenos e familiares (Volkswagen Golf, Fiat Stilo, Renault Mégane);
Classe D: Automóveis familiares (BMW série 3, Renault Laguna, Mercedes Classe C);
Classe E: Automóveis grandes e familiares ( BMW série 5, Audi Laguna, Audi A6).
As estatísticas mostram que…
Como seria de esperar, os automóveis ligeiros, na sua maioria, de uso particular apresentam os valores mais elevados no que respeita ao seu consumo, tendo sido registada, em 2006, a venda de 259,173 unidades. No entanto, e em comparação com o ano anterior que apresenta 273, 126 unidades vendidas, regista-se uma variância negativa de -5,1%.
Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias
O que, ainda assim, não pressupõe que algumas marcas não tenham subido na sua comercialização. (Ver Anexos, Tabela 1)
Por outro lado, o veículo comercial, apresenta, para o mesmo ano, um volume de vendas de 64, 489 unidades registando, em comparação com 2005 onde comercializou 66, 638 unidades, uma variância de -3, 2%. (Ver Anexos, Tabela 2)
Assim, é fácil concluir que têm sido os veículos pesados os principais alvos de procura por parte do público interessado, já que, excepcionalmente, deixa notar uma variância positiva, relativamente a 2005/2006 – 12%. (Ver Anexos, Tabela 3)
Modelo das Cinco Forças
Potencial de Novas Entradas: Baixo
Apesar da possibilidade de criação de novas marcas que venham a fazer frente às já existentes, a indústria automóvel não permite uma elevada diferenciação de produtos.
No entanto, estas dificuldades podem apresentar-se acrescidas no que respeita aos segmentos considerados de luxo.
Nesta linha, tanto os níveis soberbos de investimentos como as constantes alterações na legislação dificultam a instalação de novas industrias, nacionais ou estrangeiras, em território português.
Ainda assim, é de notar a privilegiada localização do país relativamente aos canais de importação e exportação, factores decisivos na criação de supostas empresas.
Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias
Pressão de Produtos substitutos: Baixa
A crescente utilização de veículos automóveis, públicos ou privados, e o consequente melhoramento dos mesmos mostra-se capaz de debater quaisquer ameaças permitindo manter, relativamente, a rentabilidade estrutural do negocial.
Desta forma, e apesar da elevada procura de produtos substitutos como o comboio, o metropolitano ou os transportes fluvial e aéreo, estes não satisfazem, totalmente, as necessidades emergentes do consumidor, quer pelo conforto reduzido, quer pelos custos avultados.
Poder negocial dos fornecedores: Baixo
Ao analisarmos o mercado referente a este sector, podemos concluir que a oferta suplanta os níveis de procura. O poder negocial do fornecedor revela-se, portanto, reduzido, na medida em que este depende do poder negocial do cliente.
Poder negocial dos clientes: Mediana
O crescimento da Industria Automóvel tem-se tornado relevante aquando do poder negocial do Sector Cliente. A vasta oferta possibilita ao comprador negociar os preços de venda de componentes sob risco de procura de uma entidade concorrencial.
Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias
Rivalidade entre concorrentes actuais: Alta
O crescimento deste sector tem afectado, principalmente, os veículos designados como ligeiros, obedecendo a factores como:
- Preços Acessíveis;
- Dimensões Reduzidas facilitando o estacionamento;
- Design Urbano e Atractivo;
- Encargos Atenuados;
As barreiras de saída dos produtos em questão são, desta forma, avultadas despertando no sector automóvel nacional grandiosas guerras de preços e publicidade comparadas.
Posicionamento do Produto
Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias
Conclusão
Ao analisarmos, exaustivamente, o sector e o mercado automóvel em Portugal notamos existir um grande decréscimo relativo aos valores de vendas e produção anuais.
Como podemos constatar nos dados fornecidos pela ACAP (Associação do Comércio Automóvel de Portugal), o consumo de automóveis ligeiros das diversas classes bem como de veículos pesados tem diminuído de ano para ano, embora o segundo caso não apresente preocupações maiores. Consequentemente, têm sido dissolvidas empresas no sector visado, que, apesar dos inúmeros esforços, não conseguem obter o lucro desejado.
Este trabalho debruçou-se, por isso, nas várias etapas estratégicas e nas ameaças que parecem fazer frente a esta Industria de grande porte tentando revelar as características que a definem.
Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias
Bibliografia
Pesquisa na Internet:
Dados em tabelas foram retirados do site da Acap e alguns gráficos da Marktest.
Anexos
3,9 milhões de utilizadores de automóvel
O estudo contabiliza cerca de 3,9 milhões de portugueses que usam o automóvel nas suas deslocações diárias.
Segundo os resultados do , são 3 869 mil os residentes no Continente com 15 e mais anos que dizem usar automóvel nas suas deslocações diárias, um número que corresponde a 46.5% do universo em estudo.
Nos últimos anos, tem-se registado uma tendência de relativo aumento na utilização diária destes veículos, tendo-se passado de 42.1% em 2001 para os 46.5% agora observados.
gráfico 1
A variável mais dicriminante da análise destes indivíduos é a ocupação, que apresenta valores entre os 77.9% junto dos quadros médios e superiores e os 18.2% junto das domésticas.
A idade e a classe social também apresentam maiores oscilações, com 66.8% dos jovens entre os 25 e os 34 anos a afirmar usar diariamente o automóvel nas suas deslocações, um valor que baixa para os 14.1% junto dos idosos com mais de 64 anos. Na classe alta e média alta, são 65.6% os utilizadores diários destes veículos, face aos 23.1% da classe baixa.
Também entre os dois sexos se registam valores diferenciados, com a maioria, 57.1%, dos homens a usar automóvel nas deslocações diárias, face aos 36.9% das mulheres que também o faz.
Entre as regiões é onde se registam menores diferenças, com os valores a oscilar entre 51.8% no Litoral Norte e os 42.7% no Interior Norte.
Gráfico 2
Uma análise do perfil dos indivíduos que costumam usar automóvel nas deslocações diárias evidencia que 58.3% deles residem nas regiões da Grande Lisboa ou Litoral Norte e Centro, 58.5% são homens, 67.1% têm entre 25 e 54 anos, 62.3% pertencem às classes média ou média baixa e 54.1% são quadros médios e superiores, empregados dos serviços, comércio e administrativos ou trabalhadores qualificados.