O Caminho para a liberdade e para o sossego

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O caminho para a Liberdade e para o Sossego

Dora abriu os olhos. Estava tudo branco sem nada nem ninguém à vista. Sentia-se como se tivesse acordado de um sono profundo e como se um banho morno estivesse a abraçá-la.

        -Onde estou ? Pedro!?

Dora lembrou-se do que tinha acontecido, que tinha morrido nos braços de Pedro. Enquanto olhava à sua volta, notou algo de novo, uma bacia sobre um pilar de pedra branca.

        -Que coisa estranha, não estava cá antes…

        A bacia estava cheia de água pura e transparente. Enquanto olhava para a água, Dora pensou como é que estariam os Capitães e logo a água começou a ficar turva e a imagem do Professor emergia do fundo. Estava sentado no seu canto do costume, mas sem vela e sem o seu livro de histórias, depois apareceu João Grande ao lado do Professor, sem dizer uma palavra, todos no trapiche estavam tristes e sem a liberdade que Dora tanto admirava neles. Pedro Bala entrou disparado pelo trapiche e ouviu-se a sua voz, através da água cada vez mais turva:

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“-Professor não vai embora! É muito porreiro para os meninos!”

Constava que o Professor iria para o Rio de Janeiro, a fim de seguir a sua vocação de pintor. E Dora pensou para si:

        -É tudo culpa minha. Se eu não tivesse morrido, Professor não iria embora.

        A água da bacia voltara a ficar limpa e pura, tão transparente  que podia ver-se o  fundo de pedra. Dora sentia-se culpada e frustrada porque desejava poder voltar para o lado do Professor para o animar e para o convencer a ficar com o resto dos meninos. Dora tentou andar para além ...

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