A Torri uma marca do grupo J.M.V., operando este grupo em duas reas de actividades: distribuio de bebidas e produo de cafs. Exporta cafs Torri para 50 paises dos cinco continentes

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                    Cultura, Ideologia e Mercado

Escola Superior de Matosinhos

Anabela Lopes

Fernando Maia

Hugo Oliveira

Michael Mendes

Sílvia Barros

Trabalho elaborado para a disciplina de CIM leccionada pela Drª Ana Mestre

RESUMO: Este documento pretende.

MATOSINHOS – JANEIRO DE 2007


Índice

Introdução                                                                                3

Análise interna Torrié                                                                4

Análise externa                                                                        7

Sistema político – legal dos EUA                                                        16

Situação económica geral                                                                18

Dimensões sócio – culturais Geert Hofstede                                        19

Aplicação das dimensões de Geert Hofstede para os EUA                                21

Análise de mercado                                                                        23

Análise de concorrência                                                                24

Características da comunicação existente                                                26

Diagnóstico da situação actual                                                        27

Estratégias definidas                                                                        28

Características do segmento – alvo                                                        28

Produto                                                                                29

Preço                                                                                        30

Comunicação                                                                                31

Distribuição                                                                                32

Conclusão                                                                                33

Bibliografia                                                                                34

Netgrafia                                                                                35


1 Introdução

É cada vez mais importante conhecer de uma forma sociológica os mercados seleccionados para um processo de Internacionalização. Assim, muitas vezes o que define o sucesso ou não de um processo de internacionalização é a capacidade de uma empresa se adaptar culturalmente a um novo mercado. Entender os novos valores de uma nova realidade assume-me como uma tarefa imprescindível num processo de Internacionalização.

Este trabalho pretende apresentar um processo de Internacionalização, onde as valências culturais são o elemento âncora da elaboração de uma estratégia de Marketing. Um processo de Internacionalização tem de passar necessariamente por uma abordagem cultural, condição importante para o sucesso do processo de Internacionalização.

Com a realização deste trabalho pretende-se dar a conhecer a realidade Norte Americana, bem como os passos necessários para um eficaz processo de Internacionalização, baseados essencialmente numa abordagem cultural.


2 Análise Interna

A Torrié é uma marca do grupo J.M.V., operando este grupo em duas áreas de actividades: distribuição de bebidas e produção de cafés. Exporta cafés Torrié para 50 paises dos cinco continentes. A marca Torrié possui uma quota no mercado nacional baixa, sendo a 4ª marca mais vendida no canal doméstico.

A marca Torrié viu premiado um dos seus principais valores através da publicação na Proteste, de um estudo sobre a qualidade do café à venda nas grandes superficies, conferindo assim ainda mais força aos valores defendidos pela marca.

A marca Torrié encontra-se de momento mais instalada no canal Horeca, tendo-se lançado nos últimos anos no canal doméstico, tentando acompanhar a tendência de crescimento deste segmento.

Os produtos que a Torrié apresenta para o canal Horeca são as gamas de lotes Imperial, Nobre, Clássico e Antigo.

Em todas as suas acções, a marca Torrié pretende diferenciar-se através do produto, justificar a eficácia como uma vantagem competitiva; qualidade do serviço prestado ao nivel de pós-venda e ao nivel da manutenção; as caracteristicas intrinsecas do produto, valorizando muito as diferentes e diversas fontes do origem do café.

A comunicação da marca Torrié procura transmitir uma imagem moderna, jovial, interactiva e dinâmica, sendo o slogan da última campanha reflexo dessa mesma estratégia de comunicação.

Ao nivel de gama de produtos, o canal doméstico possui apenas três referências de catálogo ( Expresso, Moído e Grão). No canal Horeca, apenas possui duas referências, disponibilizadas em lotes de 1kg e 10 kg. O que diferencia os lotes no canal Horeca, é o preço e a origem dos lotes.

                          

A Torrié lançou uma nova marca “Star Coffe” , mantendo-se a Torrié como marca caução, garantindo assim o nivel de qualidade e de garantia de satisfação do cliente. A comunicação desta marca é mais jovem e energética; o preço não é considerado importante, posicionando-se num patamar médio no seu segmento.

                                                 

A Torrié desenvolveu recentemente uma nova gama de produtos, são eles os chás e o chocolate quente. Estas duas novas ofertas baseiam-se na análise das oportunidades que vão aparecendo no mercado e às quais a Torrié, como marca dinâmica e atenta ao mercado, não as deixa fugir.

O mercado de café em Portugal é caracterizado por um maior consumo fora de casa, isto é, o canal Horeca é responsável por 70% da sua facturação. A restante cota de mercado está representada no vending (20 %) e no canal doméstico (10 %). Perspectiva-se que o mercado doméstico tenha um crescimento nos próximos anos, visto que se tem verificado um aumento de vendas de máquinas de café para uso doméstico.


3 Análise Externa

                    Estados Unidos da América

         

3.1 – Análise Macro ambiental

Na entrada do século XXI, assim como já vinha ocorrendo ao longo do século XX, os EUA constituem a maior potência financeira, económica, tecnológica, militar e cultural do planeta. Todavia, a nação norte-americana é também uma potência demográfica. Com mais de 280 milhões de habitantes, os EUA são o terceiro país mais populoso do mundo, cujo efectivo só é superado pelo da China (cerca de 1,3 bilhão) e da Índia (pouco mais de 1 bilhão).
O crescimento populacional norte-americano foi muito rápido. Em 1790, catorze anos após sua independência, o país possuía cerca de 4 milhões de habitantes; um século depois, a população tinha crescido mais de 15 vezes, chegando a 63 milhões.

No século XX, entre 1945 e o ano 2000, sua população simplesmente duplicou.
As causas desse expressivo aumento do contingente populacional estão ligadas ao contínuo excedente do número de nascimentos em relação às mortes e, também, pela expressiva entrada de imigrantes. Entre 1850 e 1930, entraram nos EUA cerca de 38 milhões de imigrantes. No período entre 1930 e 1965, chegaram “apenas” 5,5 milhões, por conta de uma série de leis que restringiram o fluxo. Por fim, de 1965 até os dias actuais, entraram em território americano cerca de 25 milhões de novos imigrantes. Actualmente, o número de estrangeiros residentes nos EUA corresponde a pouco menos de 10% da população total.
Do ponto de vista do crescimento vegetativo, pode-se dizer que os EUA estão a concluir a sua transição demográfica. O crescimento que em 1900 era de 1,5% ao ano, foi reduzido pela metade na década de 1930. Todavia essa queda na trajectória demográfica foi interrompida na década de 1950, quando houve uma retomada no ritmo de crescimento, fenómeno que ficou conhecido como “baby boom”. Nessa época, o país voltou a ter um crescimento vegetativo similar ao registrado no início do século XX. Em seguida, o crescimento voltou a diminuir, atingindo em 2000 a cifra de 0,6%, resultado de uma taxa de natalidade de 15 por mil e uma taxa de mortalidade da ordem de 9 por mil.

Todavia, essa dinâmica demográfica é bastante variável, especialmente no que se refere aos aspectos regionais e étnicos. Assim, desde a década de 1980, o aumento mais expressivo da população tem ocorrido no chamado Sun Belt (Cinturão do Sol), ampla área do sul e oeste do país, que se estende aproximadamente do estado da Florida à Califórnia. Nos últimos 20 anos, a população da região sul dos EUA aumentou de 25%, ao passo que o contingente populacional do oeste teve um incremento de 43,5%. Desde 1970, mais da metade do crescimento populacional do país tem ficado por conta de 5 estados: Califórnia, Texas, Florida, Arizona e Geórgia.
Por outro lado, se o comportamento demográfico da população branca apresenta características similares ao que ocorre em grande parte dos países da Europa, isto é, crescimento vegetativo próximo de zero, os grupos negro e hispânico apresentam índices de crescimento pouco inferiores a 2% ao ano. A persistência dessa situação tem levado à uma queda da participação populacional dos WASP, sigla que designa os brancos (white), anglo-saxões (anglo-saxons) e protestantes (protestants), que muitos consideram como os “verdadeiros” cidadãos norte-americanos. Previsões demográficas chamam a atenção para o facto de que os hispânicos, “beneficiados” pela intensa migração legal e também ilegal, ultrapassem o grupo negro até 2020. O reconhecimento dessa situação e suas consequências a longo prazo têm aumentado os movimentos racistas e xenófobos em algumas partes do país.
Parece que essa diferenciada evolução etno – demográfica esteja a levar ao fim do conceito da mistura de raças, o melting pot, e à emergência de uma situação “tricultural”, onde se identificaria uma cultura de massa WASP, uma cultura hispânica e uma cultura de exclusão, exemplificada pelos guetos negros urbanos.

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Enquanto o novo século se aproxima, a população dos Estados Unidos continua a apresentar uma diversidade cada vez maior. Nos últimos anos, a população hispânica e cada um dos grupos raciais minoritários (aqui definidos como grupos raciais e étnicos que constituem menos de 50 por cento da população e que incluem negros não-hispânicos, asiáticos e indígenas) cresceram mais rapidamente do que a população como um todo. Em 1970, esses grupos, juntos, somente representavam 16 por cento da população. Em 1998 essa participação havia crescido, tendo atingido a marca dos 27 por cento. Se as actuais tendências permanecerem inalteradas, o Escritório ...

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