A Distribuição em Portugal

Gestão do Produto

Anabela Lopes

Fernando Maia

Hugo Oliveira

Michael Mendes

Sílvia Barros

Trabalho elaborado para a disciplina de Gestão do Produto leccionada pela Drª Silvia Faria

RESUMO Este documento pretende analisar o sector da Distribuição em Portugal

MATOSINHOS – FEVEREIRO DE 2007


Índice

1- Introdução                                                                                3

  2- Distribuição e Consumo – uma lógica de cooperação                                                     4

  3- O sector da Distribuição em Portugal                                                                             6

  4- Análise da Distribuição em Portugal – Retalhistas                                                          8

                          4.1- Análise do mercado de retalhistas em Portugal                                      10  

                        4.2- Análise do mercado de grossistas em Portugal                                       14

             5- Marketing dos Distribuidores                                                                                          17

                        5.1- Politica de Marketing dos Distribuidores                                        17

                        5.2- Marketing Mix dos Distribuidores                                        17

                        5.3- Politica de Marcas do Distribuidor                                        18

                        5.4- Politicas de Preço                                                                18

                        5.5- Politica de Serviços                                                        19

                        5.6- Politica de Comunicação da Loja                                                19

                        5.7- Merchandising do Distribuidor                                                19

          6- Lançamento da marca Conguitos na Distribuição                                                21                                                    

          7- Perspectivas para o sector da Distribuição                                                24                 

              8- Perspectivas a nível mundial no sector da Distribuição                                        25

          9- Bibliografia                                                                                26

         10- Netgrafia                                                                                        27

       


1. Introdução

Tradicionalmente competitivo, o mercado da distribuição foi particularmente afectado pela situação económica vigente em Portugal nos últimos anos. A diminuição do poder de compra fez-se sentir numa redução dos valores do cabaz médio de compras, obrigando os diferentes key players a apostar cada vez mais numa lógica de preços baixos para atrair e fidelizar clientes.

Este trabalho pretende apresentar o sector da distribuição em Portugal, caracterizando os principais players do sector, bem como as práticas vigentes. Será também abordado o futuro deste sector, procurando-se referir quais as tendências que se irão manifestar no sentido de acompanhar os desejos dos consumidores.

Numa vertente mais prática, iremos projectar um lançamento de um produto no sector da distribuição, assumindo o papel de um gestor de produto, e procurando apresentar as várias tarefas e acções desenvolvidas por um gestor de produto na área da distribuição.

2. DISTRIBUIÇÃO E CONSUMO – UMA LÓGICA DE COOPERAÇÃO

Grandes alterações socio-económicas verificadas nas últimas três décadas, contribuíram decisivamente para a mudança dos padrões de consumo das populações. Com a mudança de hábitos de compra estreita-se cada vez mais, a ligação entre a actividade de compra e o lazer. Cada vez mais, os consumidores não se restringem ao orçamento baseado apenas no rendimento, para considerarem o tempo e a comodidade como novas variáveis orçamentais, exigindo, por isso encontrar hoje acessíveis os produtos, de preferência de forma regular ao longo de todo o ano.

Foi precisamente esta dinâmica da procura que criou oportunidades visíveis nas alterações das estruturas empresariais, cujos aspectos mais salientes são: a progressiva integração de funções e a concentração, destacando-se a concentração financeira, que fez surgir grandes grupos integrados e a concentração espacial de mercadorias, responsável pelo aparecimento de lojas de grandes dimensões ou agrupamentos de pontos de venda em centros comerciais.

As alterações das preferências dos consumidores têm dado origem a novas oportunidades de negócio, induzindo o desenvolvimento de novos formatos de comercialização por parte dos distribuidores. É possível distinguir três áreas de evolução das preferências dos consumidores: os preços, a localização geográfica e a prestação de serviços.

As décadas de 60 e 70 caracterizaram-se pela eclosão da civilização do produto e pelo aparecimento do livre serviço que só mais tarde se fez sentir em Portugal. A indústria, através das suas inovações e da aposta na comunicação e no marketing, criou uma imagem forte de produto que procurou levar junto dos consumidores a ideia da necessidade para satisfazer a sua necessidade de possuir, ou para adquirir produtos novos, a distribuição organizou-se, transformou-se, modernizou-se para oferecer uma gama cada vez mais vasta de produtos, propondo preços apelativos.

 Ao consumidor dos anos 80 associa-se a abertura ao consumo, a sede de abundância e uma certa cultura de massas, com consequências para o retalho: este consumidor acabou por privilegiar os formatos generalistas, onde prevalece a lógica dos descontos em detrimento de diferentes soluções para diferentes soluções para diferentes necessidades e situações. Nos últimos anos da década de 80, a estrutura do comércio retalhista em Portugal mudou radicalmente. Acompanhando o crescimento económico do país, surgiram novos conceitos comerciais em convergência coma oferta das economias mais desenvolvidas, mas muito orientados para a satisfação do cabaz de consumo alimentar. Algumas experiências precoces de lançamento de formatos de retalho, como as department stores, foram menos bem sucedidas, entre outras razões devido à fragilidade da procura pelo ainda baixo poder de compra e hábitos culturais existentes, determinantes da composição das despesas familiares e das opções de compra dos consumidores.  

Ao consumidor dos anos 90 podem-se associar outros valores como o acesso à informação, o tempo livre, o culto da personalidade e a procura da diferenciação, deixando o produto de estar no centro das preferências. O consumidor não se desloca já tão facilmente por uma promoção. Para o captar e o fazer comprar, os distribuidores das grandes superfícies especializadas verificam que é necessário multiplicar os meios de comunicação, encontrar algo de sensacional, imprevisto ou nunca visto. A principal alteração reside no facto de a distribuição privilegiar o cliente que possui, em detrimento da procura de novos clientes, ou seja, passa-se de uma fase de promoção a uma fase de fidelização.

O consumidor português depois de um período de massificação da procura alimentar, foi dando mostras de uma progressiva sofisticação e selectividade na manifestação das suas necessidades de consumo, em paralelo com um crescente aumento das suas expectativas em relação à oferta disponível.

Join now!

A capacidade de traduzir a oportunidade de mercado criada pela nova dinâmica da procura em conceitos comercialmente competitivos e economicamente viáveis tem sido, contudo, um processo complexo, até na medida em que exigem um vasto conjunto de competências para a sua operacionalização – de que são exemplo o desenvolvimento de produtos com sazonalidade, ou que obedecem a modas, a assistência na venda, as actividades pós-venda, a gestão da marca, etc.….

3. O sector da Distribuição em Portugal

        O sector da Distribuição em Portugal assume uma posição de protagonismo na ...

This is a preview of the whole essay